1 min readFeb 20, 2018
I
Dentro de mim há um monstro
ele me arranha com suas garras compridas
voraz, dispensa decifrações
antes devora-me
II
Se desfaz fio a fio
e descortina pela pele
do infinito a tessitura
III
Deixa em cada poro cicatrizes
às quais tentamos inutilmente
chamar desejo
IV
É sempre mais difícil
capturar uma palavra
em pleno voo